Para manter a relevância nos negócios, é preciso mais do que concentrar esforços para alcançar resultados no presente.
É necessário ir além dele e explorar cenários e oportunidades futuras, de forma a garantir a geração de valor a longo prazo. É nesse contexto que surge a ambidestria organizacional.
O conceito se refere à capacidade das empresas de equilibrar o foco na eficiência operacional e a busca pela evolução e longevidade do negócio, investindo em novos empreendimentos e inovações.
Quando não há atualização e visão de futuro, os produtos e serviços oferecidos pela organização tendem a se tornar obsoletos. O foco exagerado na disrupção, no entanto, também é um risco que deve ser observado.
Afinal, o investimento em pesquisas, desenvolvimento e testes de novos produtos não pode causar prejuízos significativos, que comprometam a saúde financeira do negócio na atualidade. Por isso, cada vez mais empresas buscam desenvolver a ambidestria.
Nesse sentido, há duas formas de explorar a inovação nos negócios:
O desafio de conciliar sustentação e disrupção na mesma operação, considerando erros iniciais, incertezas e baixas taxas de sucesso, também é conhecido como o dilema da inovação, expressão criada pelo professor e pesquisador Clayton Christensen.
Um exemplo de empresa que não conseguiu o equilíbrio é a multinacional Kodak. A companhia, que foi líder no ramo de filmes e câmeras fotográficas analógicas, talvez pudesse ter sido a criadora do Instagram, mas não conseguiu antecipar tendências e acompanhar as mudanças. Acabou perdendo público e mercado.
Já uma companhia que vem conseguindo operar com ambidestria organizacional é a Amazon. Hoje, seu principal serviço de suprimento, compra e venda de produtos acontece através da loja virtual. Porém, a empresa vem investindo em melhorias e explorando novos empreendimentos, como o Amazon Go, uma loja física sem caixas ou processo de checkout.
A solução pode até parecer um tanto distante do atual contexto, porém, ações como essa também ajudam a reforçar a percepção de inovação e pioneirismo sobre a marca.
Confira mais alguns dos benefícios da ambidestria organizacional:
Leia também o artigo Unicórnio ou Camelo? Entenda a diferença entre os tipos de startups.
Para colocar a ambidestria organizacional em prática, existem três métodos mais utilizados. A principal diferença está na forma como o foco de trabalho dos profissionais é dividido. Entenda mais a seguir:
Nesse método, é feita a separação de equipes com foco em inovação, voltadas ao operacional. As funções coexistem, mas são executadas por profissionais diferentes. As lideranças alinham as áreas para que as duas possam se desenvolver ao mesmo tempo.
A principal característica desse modelo é a rotatividade. Aqui, as atividades operacionais e as tarefas com foco em inovação acontecem de forma alternada. Ou seja, durante determinado período, o foco concentra-se na sustentação e melhoria de processos já existentes. Em outro, volta-se à exploração e implementação de novos processos e produtos.
Já essa é uma alternativa que aposta na hibridização dos dois processos. Nesse método, os profissionais trabalham olhando para a operação e para a inovação ao mesmo tempo, ou seja, não há ciclos. Esse modelo exige flexibilidade dos profissionais, além de capacidade para atender a alta demanda.
Seja qual for o método escolhido, é importante manter o alinhamento constante, assim como a definição e atualização de métricas. Dessa forma, consegue-se avaliar melhor o equilíbrio entre as duas frentes.
Desenvolva as habilidades necessárias para liderar o futuro e evolua em sua carreira. A UNESC Digital conta com um portfólio de cursos de pós-graduação e MBA voltados para a área da tecnologia, marketing, liderança, sustentabilidade, entre outros setores.
Conheça uma metodologia de ensino ágil e inovadora, que prioriza a sua experiência. Estude em um formato 100% online e conquiste a uma nova formação em 6 meses. Conheça nossas opções de cursos.