A cada ano, a produção de lixo eletrônico atinge novos índices. Um estudo realizado pela Universidade das Nações Unidas apontou que, todos os anos, mais de 53 milhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos no mundo todo. Teoricamente, tudo isso poderia ser reciclado ou até mesmo consertado. Partindo desse princípio, a França colocou em vigor um projeto de lei inovador e sustentável.

Buscando reduzir os impactos ambientais causados pela produção de lixo eletrônico, a Assembleia Nacional da França aprovou um projeto que garante a “reparabilidade” de eletrodomésticos e eletrônicos por parte dos seus fabricantes. Com isso, o país espera aumentar a taxa de conserto de aparelhos em até 60% nos próximos cinco anos.

A nova regra determina que as empresas classifiquem seus produtos de acordo com os seguintes critérios:

• Facilidade de conserto.
• Valor das peças de reposição.
• Disponibilidade das peças de reposição
• Disponibilidade de documentação para conserto.
• Medida final que pode variar conforme o tipo de dispositivo.

Segundo informações divulgadas pela BBC, os fabricantes que descumprirem a nova norma podem receber multas de até € 15 mil, o equivalente a R$103 mil. O projeto também prevê um índice de durabilidade, que entrará em vigor a partir de 2024 e contará com novos critérios como confiabilidade e resistência. 

O esquema de classificação construído pela França é o primeiro que se tem conhecimento no mundo e pode servir como um exemplo para outros países. Por isso, é importante que as empresas passem a adotar medidas eficazes no combate da produção de lixo. A reparabilidade é um tema que deve estar em pauta nas indústrias de eletroeletrônicos nos próximos anos. 

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